Na quarta-feira, 20 de agosto, a Rússia lançou o biossatélite Bion-M nº 2 do Cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão. A bordo do foguete Souyuz, o satélite transporta 75 camundongos, mil moscas-das-frutas e diversos micróbios e culturas celulares, que passarão um mês em órbita da Terra, expostos a uma radiação cósmica 30% maior. A Roscosmos, agência espacial russa, selecionou esses organismos devido à sua proximidade genética com os humanos e aos ciclos de vida curtos, permitindo observar rapidamente as alterações no DNA causadas pela exposição ao ambiente espacial.
Os organismos serão monitorados em tempo real com câmeras e sensores, enquanto cada módulo com os roedores conta com sistemas de alimentação e ventilação. A missão Bion-M nº 2 é parte do projeto russo dedicado à pesquisa em medicina espacial, que foi retomado em 2013 após uma pausa desde 1996. Os dados coletados durante a missão ajudarão a aprofundar a compreensão dos efeitos do ambiente espacial sobre a vida terrestre e são fundamentais para a preparação da Rússia para futuras missões tripuladas à Lua, em colaboração com a Estação Internacional de Pesquisa Lunar liderada pela China.