Na madrugada deste sábado (30), boatos sobre a morte do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, movimentaram as redes sociais, com a hashtag #TrumpDead alcançando os trending topics. Embora a informação não tenha sido confirmada oficialmente, o assunto ganhou destaque após Trump ser diagnosticado com insuficiência venosa crônica, uma condição que causa inchaço e dor nas pernas. A falta de um pronunciamento da Casa Branca e das autoridades americanas impede a categorização da informação como verdadeira, levantando questões sobre a viralização de fake news nas plataformas digitais.
O professor Raniê Solarevisky, especialista em Comunicação e Cultura Contemporânea, destaca que as fake news se proliferam nas redes sociais sem um centro de hierarquia, tornando difícil para os usuários verificar a veracidade das informações. Ele aponta que, apesar da crescente desconfiança em relação à imprensa tradicional, as pessoas continuam a evitar consumir notícias de veículos confiáveis. O Digital News Report 2025 revela que 58% dos internautas têm dificuldade em distinguir entre informações verdadeiras e falsas, evidenciando uma crise de confiança nas fontes de notícias.
As implicações desse fenômeno são alarmantes, pois a desinformação pode influenciar a percepção pública e o comportamento eleitoral. O relatório do Instituto Reuters indica que mais de 48% do público em 46 países evita ler notícias, o que sugere um afastamento das mídias tradicionais em busca de alternativas menos confiáveis. Essa situação ressalta a necessidade urgente de promover a alfabetização midiática e incentivar o consumo de informações verificadas para combater a proliferação de notícias falsas.