Ronnie Lessa, assassino confesso da vereadora Marielle Franco (PSOL), está isolado em uma cela no presídio de Tremembé, em São Paulo, há um ano e dois meses. Desde sua transferência da Penitenciária Federal de Campo Grande, Lessa não tem convívio com outros detentos e não participa de atividades em grupo, conforme relatado por sua defesa. A Secretaria da Administração Penitenciária do estado afirma que ele está em cela individual para preservar sua integridade física, embora a defesa conteste essa informação.
O advogado de Lessa, Saulo Carvalho, argumenta que o condenado não tem acesso a cursos, trabalho ou livros e que seu pedido de transferência para a “P2”, conhecida como “presídio dos famosos”, foi feito ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em julho do ano passado. No entanto, até o momento, não houve resposta. O isolamento de Lessa foi motivado por ameaças de morte de integrantes da facção PCC dentro do presídio, levando à sua colocação na “P1”, a Penitenciária Dr. Tarcizo Leonce Pinheiro Cintra.
Além disso, a delação premiada de Lessa resultou na prisão de três pessoas acusadas de serem os mandantes do assassinato de Marielle: Domingos Brazão, Chiquinho Brazão e Rivaldo Barbosa. As alegações finais da Procuradoria-Geral da República e das defesas já foram apresentadas, mas o STF ainda não marcou a data do julgamento, deixando o desfecho do caso em aberto.