O ex-jogador Robinho enfrentou uma derrota significativa no Supremo Tribunal Federal (STF), que decidiu, por 10 votos a 1, manter sua prisão em regime fechado na Penitenciária de Tremembé. A votação ocorreu na quinta-feira, quando a maioria dos ministros rejeitou o recurso que pedia sua soltura, confirmando a condenação por estupro coletivo, que ocorreu na Itália em 2013. Robinho cumpre pena desde março de 2024, após a Justiça italiana solicitar que sua sentença de nove anos fosse cumprida no Brasil.
O relator do caso, Luis Fux, e outros ministros argumentaram que a condenação já era definitiva e que a aplicação da lei brasileira era válida para este caso. Gilmar Mendes, que divergiu em votações anteriores, destacou que a legislação utilizada era excessivamente rigorosa e não deveria ser aplicada retroativamente. No entanto, a maioria dos ministros sustentou que a prisão se baseava em uma condenação consolidada, homologada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A situação de Robinho levanta debates sobre a extradição e a aplicação da justiça em crimes cometidos fora do país. Com a decisão do STF, o ex-jogador permanece encarcerado enquanto sua defesa busca novas estratégias legais. O caso também reflete as complexidades do sistema jurídico brasileiro em relação a condenações internacionais e os direitos dos cidadãos brasileiros no exterior.