O trabalho de identificação policial em Goiás tem se mostrado fundamental na captura de criminosos, como o serial killer Tiago Henrique Gomes da Rocha, conhecido como Maníaco de Goiânia. A técnica de retrato falado, que combina habilidades artísticas e psicológicas, é empregada para identificar suspeitos em crimes, especialmente em ocorrências sem testemunhas. Em média, cinco retratos falados são elaborados mensalmente por uma equipe de 10 papiloscopistas especializados no estado.
Com a evolução tecnológica, o uso de softwares e Inteligência Artificial tem aprimorado o processo de criação dos retratos falados. A primeira imagem gerada virtualmente foi divulgada em junho de 2021, permitindo que vítimas forneçam informações sobre as características físicas dos criminosos por meio de videoconferência. Essa inovação não apenas facilita a identificação de suspeitos, mas também auxilia na localização de pessoas desaparecidas, um problema crescente em Goiás, onde 3.789 pessoas desapareceram em 2024.
Entretanto, o trabalho enfrenta desafios significativos, como a baixa iluminação nos locais dos crimes e a dificuldade das vítimas em recordar detalhes devido ao trauma. O delegado Webert Leonardo destaca que a eficácia do retrato falado depende da capacidade de memória da testemunha e da habilidade do profissional responsável pela coleta das informações. Apesar das dificuldades, essa ferramenta continua a ser um recurso valioso na investigação criminal e na busca por desaparecidos.