A Nvidia, fabricante de chips de inteligência artificial, divulgará seus resultados financeiros na próxima quarta-feira, com especial atenção dos investidores para o desempenho da empresa na China. A fabricante se encontra em uma posição delicada devido à guerra comercial entre Washington e Pequim, que afeta diretamente suas operações e vendas no país. Recentemente, a Nvidia concordou em pagar 15% das vendas realizadas na China ao governo dos EUA em troca de licenças de exportação, enquanto Pequim pediu que empresas locais limitassem as compras de seus chips por questões de segurança.
No último ano, a China representou 13% da receita da Nvidia, mas as restrições impostas pelo governo chinês e a complexidade das negociações tarifárias dificultam as previsões de vendas. Analistas preveem que a empresa reportará um aumento de 53,2% na receita do segundo trimestre de 2025, totalizando US$46,02 bilhões, embora longe do crescimento exponencial observado anteriormente. As restrições podem resultar em perdas significativas, como os US$4,5 bilhões registrados no trimestre anterior, levantando preocupações sobre o futuro financeiro da Nvidia.
As consequências da guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo não apenas afetam a Nvidia, mas também refletem um cenário mais amplo de incertezas no mercado de tecnologia. A capacidade da empresa de navegar por essas tensões comerciais será crucial para sua sustentabilidade e crescimento nos próximos trimestres, enquanto investidores aguardam ansiosamente os resultados financeiros que poderão indicar a direção futura da companhia.