Os reservatórios que abastecem a região metropolitana de São Paulo enfrentam uma grave crise hídrica, com os níveis de água caindo para 38,4%, o menor percentual desde 2015. O manancial de Rio Claro, localizado a cerca de 80 km da capital, é o mais crítico, apresentando apenas 23,2% de sua capacidade. A Sabesp, empresa responsável pelo abastecimento, reconhece que a situação é preocupante e reflete um período prolongado de escassez de chuvas.
A meteorologista Desirée Brandt, da consultoria Nottus, enfatiza que a recuperação dos reservatórios depende de chuvas significativas previstas para meados de setembro. Desde 2013, São Paulo teve apenas três verões com precipitações dentro ou acima da média histórica. A Sabesp também ressalta a necessidade de investimentos em infraestrutura e conscientização da população sobre o uso responsável da água, especialmente em um cenário onde a seca se intensifica.
Com a pior condição hídrica registrada em anos, as implicações para o abastecimento e para a economia local são severas. A falta de água pode impactar não apenas o consumo doméstico, mas também setores industriais e agrícolas. A situação exige atenção imediata das autoridades e um esforço conjunto da população para evitar desperdícios e garantir a sustentabilidade dos recursos hídricos na região metropolitana.