Uma reserva ecológica localizada na zona rural de Picuí, no Curimataú paraibano, destaca-se na preservação do bioma Caatinga e na promoção do ecoturismo. A Reserva Olho D’Água das Onças, que existe desde 2005, conta com a colaboração de pesquisadores universitários e abrange mais de 20 hectares de conservação ambiental. O local, que recebeu esse nome devido ao histórico aparecimento de onças da espécie suçuarana na região, tem como missão garantir a biodiversidade para as futuras gerações.
Recentemente reconhecida pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) como uma unidade de conservação de domínio privado, a reserva tem se mostrado crucial na luta contra o desmatamento da Caatinga. Dados do sistema MAPBiomas indicam que a Paraíba registrou mais de 600 pontos de alerta para desmatamento apenas no primeiro semestre deste ano, embora tenha havido uma redução significativa nos alertas. Além de preservar a vegetação nativa, a reserva também se tornou uma fonte de renda para famílias locais, que desenvolvem produtos artesanais e participam ativamente em iniciativas de conservação.
A Reserva Olho D’Água das Onças não só promove a ciência, catalogando centenas de espécies, mas também educa as novas gerações sobre a importância da biodiversidade. A associação Mulheres da Quixaba, composta por agricultoras locais, representará a Paraíba na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025, evidenciando o papel ativo da comunidade na preservação ambiental. Com parcerias que visam fortalecer a agricultura familiar e o ecoturismo, a reserva se estabelece como um modelo de conservação e desenvolvimento sustentável na região.