Um banco de dados confidencial das Forças Armadas de Israel indica que 83% das mortes na Faixa de Gaza até maio de 2025 são de civis. A investigação, conduzida pelo jornal ‘The Guardian’, pela revista israelo-palestina +972 e pelo site Local Call, revelou que apenas 17% dos mortos foram identificados como membros de grupos terroristas, totalizando cerca de 42 mil civis. O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, reportou um total de 53 mil mortes desde o início do conflito.
O banco de dados, pertencente ao serviço de inteligência militar israelense, listou 8.900 combatentes mortos, todos vinculados ao Hamas e à Jihad Islâmica. Therése Pettersson, do Programa de Dados de Conflitos de Uppsala, comentou que a proporção de civis entre os mortos é excepcionalmente alta, especialmente em um conflito que se arrasta por tanto tempo. Embora taxas semelhantes possam ser encontradas em batalhas específicas de outros conflitos, elas são raras em termos gerais.
As implicações desse relatório são profundas, uma vez que destacam a gravidade da crise humanitária em Gaza e levantam questões sobre a conduta das operações militares israelenses. A revelação pode intensificar o debate internacional sobre a responsabilidade em conflitos armados e a proteção dos civis, além de potencialmente influenciar a opinião pública e as políticas externas relacionadas à região.