Um novo relatório, intitulado ‘Amazônia em Disputa’, foi lançado em Bogotá, Colômbia, mapeando as áreas de conflito nas fronteiras da Amazônia. O estudo, realizado em parceria entre o Instituto Igarapé, a União Europeia e a Fundação para a Conservação e o Desenvolvimento Sustentável, destaca a presença de pelo menos 16 grupos armados ilegais que operam em 69% dos municípios amazônicos, além de abordar as dinâmicas de degradação ambiental e exploração predatória. As análises revelam que as disputas envolvem questões ambientais, criminais, de capital e institucionais, refletindo a fragilidade da governança na região.
As implicações do relatório são significativas, pois evidenciam a necessidade urgente de uma resposta coordenada entre os países amazônicos e a comunidade internacional. A diretora de pesquisa do Instituto Igarapé, Melina Risso, enfatiza que as economias ilícitas que pressionam a Amazônia estão conectadas a mercados globais, tornando essencial uma abordagem colaborativa para enfrentar os danos concretos observados no território. A 5ª Cúpula de Presidentes do Tratado de Cooperação Amazônica, que ocorrerá em breve, representa uma oportunidade crucial para discutir novas estruturas de governança e alternativas econômicas sustentáveis para a região.