O ex-presidente Jair Bolsonaro recebeu um total de R$ 30 milhões em suas contas bancárias entre março de 2023 e fevereiro de 2024, segundo um relatório da Polícia Federal. As movimentações foram classificadas como atípicas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que repassou as informações à PF, levantando suspeitas de lavagem de dinheiro e outros crimes financeiros. A defesa do ex-presidente ainda não se manifestou sobre as alegações.
O relatório detalha que a maior parte dos recursos foi destinada ao pagamento de advogados e aplicações financeiras. Durante o período analisado, os escritórios de advocacia que representavam Bolsonaro receberam R$ 6,6 milhões. Além disso, foram identificadas movimentações significativas, incluindo transferências para seus filhos Eduardo e Carlos, bem como para sua esposa Michelle, totalizando R$ 2,1 milhões e R$ 2 milhões, respectivamente.
As implicações dessa investigação são profundas, pois envolvem não apenas o ex-presidente, mas também seus familiares, que podem ser indiciados por movimentações financeiras suspeitas. A Polícia Federal também encontrou indícios de que essas transações poderiam estar ligadas a tentativas de obstruir investigações em curso sobre ações penais relacionadas a um suposto golpe de Estado. O desdobramento dessa situação pode impactar a imagem pública de Bolsonaro e suas futuras atividades políticas.