Um relatório da Guarda Costeira dos Estados Unidos, divulgado nesta terça-feira (5), concluiu que o submarino Titan implodiu devido a falhas de projeto e protocolos de segurança inadequados da empresa OceanGate. O incidente ocorreu em 18 de junho de 2023, durante uma expedição aos destroços do Titanic, resultando na morte instantânea de cinco pessoas a cerca de 3.350 metros de profundidade.
A investigação apontou que a perda de integridade estrutural do casco de fibra de carbono foi o evento inicial que levou à tragédia. Além disso, o relatório destacou falhas nos processos de certificação, manutenção e inspeção do submarino, além de uma cultura de trabalho tóxica na OceanGate. Essas informações corroboram depoimentos de ex-funcionários da empresa, que relataram negligência durante audiências públicas realizadas em 2024.
O capitão Jamie Frederick, da Guarda Costeira, expressou preocupação ao saber que o capitão do navio de apoio ao Titan sentiu uma trepidação no momento da implosão, um detalhe que não foi compartilhado durante as operações de busca. Frederick afirmou que essa informação poderia ter alterado a resposta de resgate. Além disso, um ex-funcionário da OceanGate revelou que o cofundador da empresa, Stockton Rush, demonstrou desprezo pelas regulamentações americanas, sugerindo que poderia contornar a fiscalização comprando apoio político.
As audiências sobre a implosão do Titan continuam, e a Guarda Costeira dos EUA ainda está trabalhando em um relatório final que incluirá recomendações para evitar futuros incidentes semelhantes.