Desde o início do segundo mandato do presidente Donald Trump, as relações entre os Estados Unidos e a Venezuela têm sido intensamente tumultuadas. Desde janeiro, Washington e Caracas, que não mantêm relações diplomáticas desde 2019, alternaram entre acordos sobre prisioneiros e ameaças militares, refletindo um clima de crescente tensão. O governo Trump decidiu enviar mais embarcações de guerra para a costa venezuelana, enquanto Maduro convoca milicianos para se mobilizarem em resposta às ações americanas.
O contexto dessas interações inclui a revogação do Status de Proteção Temporária (TPS) para centenas de venezuelanos nos EUA e a apreensão de aeronaves ligadas ao governo Maduro. Em março, Trump impôs tarifas sobre países que comprassem petróleo da Venezuela, enquanto a Casa Branca revogou licenças que permitiam à Chevron operar no país sul-americano. Essas medidas são vistas como tentativas de pressionar Caracas a aceitar deportações de migrantes e a mudar sua postura em relação aos Estados Unidos.
As implicações dessa relação complexa são significativas, com um aumento nas deportações de venezuelanos e uma troca em larga escala de prisioneiros ocorrendo em julho. A reaproximação entre os dois países, embora marcada por desentendimentos, sugere uma possibilidade de diálogo em meio a um cenário de hostilidade. A situação continua em aberto, com os desdobramentos futuros podendo impactar tanto a política interna da Venezuela quanto as relações diplomáticas na região.