A reforma da fachada de um prédio da Força Aérea Brasileira (FAB), situado no Sudoeste do Distrito Federal, teve início em 2019 e ainda não foi concluída, mesmo após seis anos. A obra, que conta com 75% de financiamento da União devido à quantidade de imóveis funcionais na área, é conduzida pela construtora HD Serviços e Construções LTDA, registrada como microempresa e operando em um apartamento em Águas Claras. O valor inicial da reforma foi de R$ 3.546.802,87, mas a empresa enfrenta dificuldades financeiras e foi colocada na dívida ativa do Governo Federal por multas tributárias que ultrapassam R$ 5 milhões.
Desde o começo das obras, a HD enfrentou diversas paralisações devido a problemas estruturais e mudanças no projeto, além de interrupções causadas pela pandemia e disputas judiciais. O atual síndico do condomínio relatou que as falhas nos métodos e materiais utilizados inicialmente comprometeram a estrutura do prédio, levando a atrasos significativos. Apesar dos repasses milionários recebidos da Defesa, a empresa não conseguiu concluir a obra e ainda deve valores a fornecedores.
O caso levanta preocupações sobre a gestão de contratos públicos e a responsabilidade das empresas envolvidas em obras financiadas pelo governo. A situação da HD e os atrasos na reforma podem impactar a imagem das instituições responsáveis pela supervisão das obras públicas e exigem uma análise mais profunda sobre a eficácia na utilização dos recursos públicos destinados à infraestrutura militar.