Em 24 de agosto de 2006, a União Astronômica Internacional (IAU) decidiu reclassificar Plutão, que deixou de ser considerado o nono planeta do Sistema Solar para ser rotulado como ‘planeta anão’. Essa mudança, motivada pela descoberta de outros corpos semelhantes no Cinturão de Kuiper, provocou intensos debates entre cientistas e entusiastas da astronomia, que questionam até hoje os critérios que definem um planeta.
A reclassificação não apenas alterou livros didáticos, mas também reescreveu a forma como aprendemos sobre o espaço. A IAU estabeleceu três critérios para classificar um planeta: orbitar o Sol, ser esférico e ‘limpar sua vizinhança’. Plutão atende aos dois primeiros, mas não ao terceiro, pois divide sua órbita com outros objetos. A descoberta do planeta anão Éris em 2005 também influenciou essa decisão, levantando questões sobre a exclusividade de Plutão.
Apesar da controvérsia gerada pela votação da IAU, que contou com a participação de menos de 5% dos astrônomos, Plutão permanece um objeto de interesse científico e cultural. Sua reclassificação ajudou a ampliar o entendimento sobre a diversidade de corpos celestes no Sistema Solar. Para muitos, Plutão continua sendo lembrado como o nono planeta, simbolizando tanto a nostalgia quanto a evolução do conhecimento astronômico.