Rebeldes houthis detiveram 11 funcionários da ONU neste domingo (31) após invadirem instalações da organização em Sanaa e Hodeida, no Iêmen. O enviado das Nações Unidas para o país, Hans Grundberg, condenou energicamente as detenções arbitrárias e exigiu a libertação imediata dos funcionários. O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, também expressou sua indignação, destacando o confisco de bens da organização e as tentativas de entrada em outras instalações da ONU em Sanaa.
As autoridades houthis não comentaram sobre a operação, mas já haviam detido funcionários estrangeiros de agências de ajuda em ocasiões anteriores. O Programa Alimentar Mundial (PAM) informou que seus escritórios em Sanaa foram tomados pelas forças de segurança locais, resultando na detenção de um funcionário e em informações sobre mais detenções em outras regiões. Desde que tomaram a capital iemenita em 2014, os houthis controlam grande parte do país e, após recentes bombardeios israelenses que mataram líderes apoiados pelo Irã, intensificaram as detenções de pessoas suspeitas de colaboração com Israel.
A situação no Iêmen se agrava à medida que os conflitos se intensificam, levantando preocupações sobre a segurança dos trabalhadores humanitários e a capacidade das agências da ONU de operar na região. As ações dos houthis podem ter implicações significativas para a assistência humanitária no país, que já enfrenta uma grave crise humanitária. A comunidade internacional observa atentamente os desdobramentos dessa situação crítica.