Políticos e autoridades brasileiras reagiram nas últimas 24 horas à decisão do governo dos Estados Unidos de incluir o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na lista de punidos pela Lei Magnitsky. A sanção foi anunciada em meio a um clima de tensão política, e a pronúncia incorreta do nome da lei por diversos parlamentares gerou repercussão nas redes sociais.
Na sexta-feira, 1º de agosto de 2025, Moraes se manifestou publicamente pela primeira vez sobre a sanção durante a abertura do segundo semestre do Judiciário, no plenário do STF. Ele fez referência a ameaças direcionadas a líderes do Congresso e mencionou a aplicação da Lei Magnitsky, embora tenha cometido um erro de pronúncia ao chamá-la de "Magnystic". O ministro criticou a pressão que estaria sendo exercida sobre os parlamentares para pautar a anistia.
A confusão com o nome da lei não se limitou a Moraes. Vários deputados, tanto da direita quanto da esquerda, erraram ao se referir à legislação em suas declarações. O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) chamou a lei de "Magninsky", enquanto o deputado Gustavo Gayer (PL-GO) usou o termo "Magnystic" em uma publicação no X. Do lado oposto, o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (PT-RJ), referiu-se à lei como "Magnichic" ao criticar a sanção.
A situação levanta questões sobre as implicações da sanção para Moraes e o STF, que poderá enfrentar desafios para manter suas operações financeiras e contratuais com empresas americanas. O processo para reverter a sanção pode levar anos, e a decisão dos EUA pode impactar a relação do Brasil com o governo americano e suas instituições.