As ações da RD Saúde (RADL3), responsável pelas redes de farmácias Raia e Drogasil, apresentaram uma valorização de 18,67% na última quarta-feira (6), fechando a R$ 17,80. O crescimento ocorreu após a divulgação dos resultados do segundo trimestre de 2025, que surpreenderam o mercado, especialmente em relação ao lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda), que alcançou R$ 885 milhões, um aumento de 37,4% em comparação ao primeiro trimestre e de 7,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Apesar do desempenho positivo, a margem bruta da empresa caiu 0,8 ponto percentual em relação ao ano anterior, impactada por fatores como a menor CMED e a maior competitividade no setor. A RD Saúde, no entanto, conseguiu mitigar esses efeitos com um controle rigoroso de despesas administrativas. As vendas brutas cresceram 12% ano a ano, impulsionadas em parte pelos medicamentos GLP-1, que contribuíram com cerca de 2 pontos percentuais para esse crescimento.
Os analistas do Citi e do JPMorgan apresentaram diferentes perspectivas sobre o futuro das ações da RD Saúde. O Citi manteve a recomendação neutra, elevando o preço-alvo de R$ 15 para R$ 19, enquanto o JPMorgan reiterou a recomendação overweight, aumentando o preço-alvo de R$ 20 para R$ 24. Ambos os bancos ajustaram suas estimativas de lucro para os próximos anos, prevendo um cenário otimista, mas com cautela em relação à concorrência no setor de e-commerce e higiene.
Com a expectativa de um desempenho contínuo positivo, os analistas ressaltam a importância de monitorar a evolução do mercado e a capacidade da RD Saúde de manter sua eficiência operacional, especialmente diante de potenciais investimentos em novas lojas e na estrutura corporativa.