O rapper Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, conhecido como Oruam, foi transferido para uma cela coletiva na Penitenciária Dr. Serrano Neves, também conhecida como Bangu 3, onde agora se encontra em uma galeria com membros da facção Comando Vermelho (CV). A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP) informou que a mudança foi realizada de acordo com os critérios estabelecidos pela gestão prisional, seguindo um procedimento padrão após avaliação técnica da unidade.
Oruam permanece custodiado após a Justiça aceitar a denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), que o tornou réu por tentativa de homicídio qualificado. Juntamente com seu amigo Willyam Matheus Vianna Rodrigues Vieira, o rapper é acusado de tentar assassinar o delegado de Polícia Civil Moysés Santana Gomes e o oficial de cartório Alexandre Alvez Ferraz, em incidentes que ocorreram no dia 21 de julho.
As acusações contra Oruam incluem, além da tentativa de homicídio, lesão corporal, resistência com violência, desacato, ameaça e dano ao patrimônio público. O MPRJ alega que, durante uma ação policial em sua residência, Oruam e outros três homens atacaram os policiais com pedras, resultando em ferimentos a um dos agentes. O rapper, filho de Marcinho VP, um dos líderes do CV, nega qualquer vínculo com a facção e afirma que sua prisão é resultado de preconceito devido ao seu estilo musical e parentesco.
As denúncias foram apresentadas em duas ações penais distintas, com a primeira sendo oferecida em 28 de julho e a segunda em 29 de julho. A investigação revelou que as pedras arremessadas por Oruam e Willyam tinham potencial letal, com pesos variando entre 130 gramas e 4,85 quilos, e foram lançadas de uma altura de 4,5 metros, evidenciando a gravidade das agressões durante a operação policial.