As ações da Raízen (RAIZ4) sofreram uma queda significativa de 12,5% na última quinta-feira (14), após a divulgação dos resultados do primeiro trimestre do ano safra. No acumulado da semana passada, a empresa registrou uma desvalorização de 16,13%, a maior do Ibovespa, refletindo um trimestre desafiador marcado por aumento da alavancagem e condições climáticas adversas que afetaram a moagem de cana-de-açúcar.
Os resultados financeiros mostraram um Ebitda ajustado de R$ 1,9 bilhão, alinhado com as expectativas do Bradesco BBI, mas abaixo do consenso do mercado. Apesar das dificuldades, analistas destacam que a Raízen está avaliando um aumento de capital e que a gestão de riscos no setor de trading apresentou melhorias. O BTG Pactual, por sua vez, manteve sua recomendação de compra, prevendo um potencial de valorização das ações no futuro.
As implicações dessa situação são significativas para os investidores, que devem considerar a possibilidade de recuperação das ações da Raízen. Com a continuidade da racionalização do portfólio de usinas e uma gestão mais eficiente, há expectativas de que a empresa possa melhorar sua geração de caixa e reduzir sua alavancagem. Assim, mesmo em meio a um cenário desafiador, a mensagem otimista dos analistas sugere que a Raízen pode estar se preparando para uma recuperação.