As ações da Raízen (RAIZ4) sofreram uma queda significativa de 27% em agosto, refletindo um prejuízo de R$ 1,8 bilhão no primeiro trimestre do ano safra 2025/26 e a crescente alavancagem da empresa. Rumores sobre um suposto interesse da Petrobras na companhia inicialmente impulsionaram os papéis, mas a negativa da petroleira resultou em uma nova desvalorização de 9,5%. No acumulado do ano, as ações já apresentam perdas de 52%, com analistas divididos entre recomendações de compra e manutenção.
O desempenho das ações é impactado por fatores como condições climáticas adversas e interrupções na manutenção do parque argentino, além da pressão vendedora que tem se intensificado. Apesar disso, alguns analistas apontam para uma leve recuperação nos resultados operacionais, com o Ebitda ajustado próximo a R$ 1,9 bilhão e redução nas despesas administrativas. As corretoras Bradesco BBI e BTG mantêm recomendações de compra, com preços-alvo variando entre R$ 2,00 e R$ 3,00.
A análise técnica indica que a Raízen continua em uma forte tendência de baixa, com o fechamento recente em R$ 1,03. A perda da mínima em R$ 1,01 pode acentuar as quedas, enquanto uma recuperação exigiria superar a máxima de R$ 1,06. O cenário permanece desafiador, com a possibilidade de a ação ser classificada como penny stock caso caia abaixo de R$ 1,00, exigindo medidas junto à B3 para reenquadramento.