A Festa do Peão de Barretos, reconhecida como o maior rodeio da América Latina, tem a figura da rainha como um ícone feminino desde 1968, quando Ana Rosa Scannavino Paro foi eleita. Com apenas 18 anos, Ana Rosa se destacou como porta-voz do evento, participando de programas de televisão e rádio para promover a festa, uma experiência que ela recorda com carinho até hoje. Sua atuação não apenas popularizou o rodeio, mas também marcou uma transição significativa no papel das mulheres dentro dessa tradição.
Desde sua primeira participação, Ana Rosa simbolizou a presença feminina em um evento tradicionalmente masculino. O estilista Marcelo Ortale, que desenha os trajes das rainhas desde os anos 1980, compara essa figura à rainha de bateria no carnaval, ressaltando o glamour associado ao título. Ao longo dos anos, a escolha da rainha evoluiu de uma seleção informal para um concurso formalizado, refletindo mudanças sociais e a crescente valorização da mulher na cultura do rodeio.
As implicações dessa transformação vão além do evento em si; elas representam um reconhecimento mais amplo da importância das mulheres em espaços antes dominados por homens. A figura da rainha não apenas enriquece a narrativa da Festa do Peão de Barretos, mas também inspira novas gerações a se envolverem com a cultura do rodeio, promovendo uma imagem mais inclusiva e diversificada desse tradicional evento brasileiro.