Na tarde de sexta-feira (22), Goiânia foi surpreendida por uma densa nuvem de fumaça que cobriu o céu da cidade. Essa situação alarmante é resultado das queimadas em áreas de vegetação da região metropolitana, agravadas pela estiagem e ventos que direcionam a fumaça para a capital. O gerente do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), André Amorim, explicou que os ventos estão soprando na direção contrária, contribuindo para a visibilidade da fumaça em diversos bairros.
Entre os dias 14 e 20 de agosto, o Corpo de Bombeiros Militar de Goiás (CBM-GO) registrou 102 ocorrências de incêndios em vegetação, com um foco preocupante às margens da GO-222. As condições climáticas atuais, com temperaturas máximas de 33°C e umidade relativa do ar em 15%, são causadas por uma massa de ar quente e seco sobre o Centro-Oeste. Especialistas alertam para os riscos à saúde, especialmente para crianças, idosos e pessoas com problemas respiratórios, e recomendam que a população evite atividades ao ar livre durante os horários mais quentes.
O período de seca em Goiás é crítico e demanda atenção redobrada da população. Além do desconforto e riscos à saúde, as queimadas comprometem a qualidade do ar e a preservação da vegetação local. A previsão para os próximos dias indica sol forte e temperaturas elevadas, aumentando o risco de novos incêndios. Autoridades ambientais e de saúde orientam cuidados como hidratação adequada e uso de umidificadores para mitigar os efeitos do ar seco e poluído.