O Hospital de Trauma de Campina Grande registrou um alarmante aumento no número de atendimentos a vítimas de quedas, totalizando 12.546 casos entre janeiro e agosto de 2025. Este número é quase o dobro dos atendimentos relacionados a acidentes de motocicleta, que somaram 6.453 no mesmo período. Igor Rodrigues, gerente médico da unidade, afirmou que esses acidentes são especialmente frequentes entre idosos, que muitas vezes sofrem quedas durante atividades cotidianas ou esportivas.
Rodrigues explicou que a perda natural de força muscular em idosos contribui para o aumento do risco de quedas, que podem ser agravadas por problemas de saúde como doenças cardíacas e declínio cognitivo. Casos como o da funcionária pública Maria do Carmo, que fraturou o braço após uma queda, e da idosa Isaura Araújo, que quebrou o fêmur ao tentar estender uma toalha, ilustram a gravidade da situação e a necessidade de cuidados especiais para essa faixa etária.
A prevenção é considerada essencial para evitar esses acidentes. A geriatra Ana Luiza Figueirôa recomenda adaptações nos lares, como instalação de barras de apoio e uso de pisos antiderrapantes, além da prática regular de atividades físicas para os idosos independentes. Essas medidas visam fortalecer a musculatura e melhorar o equilíbrio, reduzindo assim o risco de quedas e suas consequências graves.