A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (22/8), aponta que a proporção de domicílios próprios quitados no Brasil caiu de 66,8% em 2016 para 61,6% em 2024. Além disso, o número de lares alugados aumentou de 12,3 milhões para 17,8 milhões, evidenciando uma mudança significativa nas preferências habitacionais da população brasileira.
Os dados mostram que a queda na proporção de imóveis quitados coincide com um aumento no número de domicílios alugados, que representavam 23% do total em 2024. A pesquisa também revela que, embora as casas ainda sejam a maioria das moradias, o crescimento dos apartamentos foi mais acentuado, com um aumento de 29,8% entre 2016 e 2024. Essa mudança pode refletir uma adaptação às novas dinâmicas urbanas e econômicas.
As implicações dessa tendência são amplas, afetando tanto o mercado imobiliário quanto as políticas públicas relacionadas à habitação. O aumento da demanda por aluguel pode pressionar os preços e exigir uma resposta adequada do governo para garantir acesso à moradia digna. Além disso, as diferenças regionais observadas na pesquisa indicam que as soluções habitacionais devem ser adaptadas às necessidades específicas de cada localidade.