Criminosos têm utilizado o nome da Polícia Federal (PF) para aplicar golpes por meio de aplicativos de mensagem, convencendo vítimas a transferirem dinheiro sob a alegação de investigações confidenciais. Uma mulher de 58 anos, que preferiu não ser identificada, relatou ao Jornal Nacional que recebeu mensagens da quadrilha durante uma semana, incluindo chamadas de vídeo que duraram mais de cinco horas. Os golpistas apresentaram documentos falsos e informações pessoais, levando-a a acreditar que estava sendo investigada por lavagem de dinheiro.
A vítima inicialmente transferiu R$ 10 mil, mas posteriormente os golpistas solicitaram valores que totalizaram R$ 580 mil, prometendo devolução. Outros casos semelhantes foram registrados em Jundiaí e Iperó, ambos no interior de São Paulo, onde vítimas perderam quantias significativas. A PF esclareceu que não solicita transferências de dinheiro e que suas intimações são feitas por meio de números oficiais.
As investigações da Polícia Civil de São Paulo já contabilizam pelo menos 20 vítimas, com inquéritos abertos para identificar os responsáveis. O corregedor da PF em São Paulo, Alberto Neto, reforçou que a instituição não faz pedidos de valores ou documentos por telefone, alertando a população sobre a necessidade de cautela em situações semelhantes.