O presidente da Rússia, Vladimir Putin, recebeu nesta quarta-feira (6) o enviado especial do governo dos EUA, Steve Witkoff, em uma reunião que durou cerca de três horas no Kremlin. Segundo assessores de Putin, o encontro foi considerado "útil e construtivo", com uma troca de sinais entre Moscou e Washington sobre a crise na Ucrânia e a possibilidade de um futuro acordo.
A reunião ocorre em um momento crítico, com o prazo de 10 dias dado pelo presidente americano, Donald Trump, para que a Rússia encerre suas operações militares na Ucrânia, sob a ameaça de sanções severas, incluindo tarifas de 100% sobre produtos russos e de seus parceiros comerciais. O Kremlin, por sua vez, afirmou que só buscará um fim para a guerra quando sentir pressão suficiente.
Além disso, o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, aproveitou a visita de Witkoff para solicitar um reforço nas ações dos Estados Unidos e do G7 contra a Rússia. Enquanto isso, os combates continuam, com relatos de mortes e feridos em bombardeios na região de Zaporizhzhia, e a Rússia anunciou a interceptação de drones ucranianos.
A tensão entre Moscou e Washington aumentou nas últimas semanas, especialmente após a movimentação de submarinos nucleares americanos e as ameaças de Trump de impor novas sanções. O resultado da reunião em Moscou será crucial para os próximos passos na diplomacia entre os dois países.