O presidente russo, Vladimir Putin, declarou que Rússia e China se opõem a sanções “discriminatórias” que dificultam o desenvolvimento socioeconômico global. Em entrevista à agência de notícias oficial chinesa Xinhua, Putin enfatizou a continuidade dos esforços para reduzir barreiras comerciais entre os dois países. A declaração foi feita às vésperas de sua visita à China, onde participará da cúpula da Organização de Cooperação de Xangai e se reunirá com o presidente chinês, Xi Jinping.
A visita de Putin à China, programada para ocorrer de domingo a quarta-feira, marca sua primeira viagem ao país desde maio do ano passado. Durante sua estadia, ele discutirá novas perspectivas de cooperação econômica e industrial, buscando reverter a desaceleração do comércio bilateral, que atingiu um recorde de US$245 bilhões em 2024. A relação entre Rússia e China se fortaleceu especialmente após as sanções ocidentais impostas à Rússia devido à invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022.
Putin e Xi Jinping têm se encontrado frequentemente nos últimos anos, consolidando uma parceria estratégica considerada “sem limites” desde 2022. A cúpula em Tianjin e as conversas subsequentes em Pequim são vistas como uma oportunidade para aprofundar laços em um contexto geopolítico desafiador, onde ambos os países enfrentam pressões externas significativas. O fortalecimento dessa aliança pode ter implicações importantes para o comércio global e as dinâmicas de poder na região da Ásia-Pacífico.