O ex-prefeito de Araraquara (SP), Edinho Silva, foi empossado neste domingo (3) como presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) e destacou a importância de o partido se preparar para um futuro sem Luiz Inácio Lula da Silva como candidato. Durante o 17º Encontro Nacional do PT, realizado em Brasília, Edinho enfatizou que o legado de Lula deve ser continuado pelo partido como um todo, ressaltando que não haverá um substituto com a mesma força eleitoral. "Após 2026, por direito ao descanso, não o teremos mais nas urnas", afirmou.
O evento contou com a presença de Lula, 11 ministros do governo e cerca de mil delegados de todos os estados, além do retorno do ex-ministro José Dirceu à cena política. Dirceu, que foi condenado no escândalo do Mensalão, deve disputar uma vaga na Câmara dos Deputados em 2026. Edinho também criticou a política do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que impôs tarifas adicionais sobre produtos brasileiros, e acusou o ex-presidente Jair Bolsonaro de comprometer a soberania nacional.
Em sua fala, Edinho delineou as prioridades do PT para os próximos anos, incluindo o combate à extrema-direita, a reindustrialização do país e a defesa da exploração sustentável de recursos naturais. Ele também propôs a discussão sobre uma reforma política, defendendo o voto em lista fechada para fortalecer o Poder Executivo. A nova direção do PT busca intensificar a atuação digital do partido e ampliar sua presença nas redes sociais, visando um papel central nas eleições de 2026, seja com Lula ou uma candidatura que represente sua continuidade política.