Durante uma coletiva de imprensa na segunda-feira (4), o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, anunciou que o presidente da Casa, Hugo Motta, se reunirá com líderes partidários na quinta-feira (7) para discutir os requerimentos de cassação dos deputados Eduardo Bolsonaro e Carla Zambelli, ambos do PL de São Paulo. Os congressistas estão atualmente fora do Brasil e enfrentam pedidos de cassação devido a situações específicas que envolvem suas condutas.
Lindbergh Farias destacou a urgência da situação, afirmando que a falta de ação em relação a Eduardo Bolsonaro é inaceitável. Ele mencionou que existem dois pedidos de cassação e um pedido de suspensão que ainda não foram analisados pela Mesa Diretora. A situação de Carla Zambelli é particularmente grave, pois ela foi condenada pelo STF a 10 anos de prisão por invasão ao sistema do CNJ.
O líder petista criticou a decisão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) de não afastar Zambelli imediatamente, ressaltando que a determinação do ministro Alexandre Moraes deveria ter sido seguida. Quanto a Eduardo Bolsonaro, sua licença de quatro meses terminou em julho, mas ele permanece nos Estados Unidos, acumulando faltas não justificadas na Câmara. Lindbergh enfatizou que a Constituição limita a ausência dos deputados e que a situação de Eduardo é uma vergonha para o Legislativo.
Além disso, Lindbergh mencionou que a pauta da reunião incluirá o projeto de lei que propõe anistia aos condenados pelo 8 de janeiro, afirmando que a oposição deve ser enfrentada em suas tentativas de reverter a situação atual. O petista reafirmou a necessidade de afastar Eduardo Bolsonaro do cargo enquanto ele estiver fora do país.
