O Partido dos Trabalhadores (PT), sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, intensificou sua militância digital para exigir a cassação do mandato do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). A pressão ocorre após o governo dos Estados Unidos, liderado por Donald Trump, anunciar a aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Embora Eduardo tenha manifestado a intenção de renunciar ao cargo, a burocracia da Câmara pode mantê-lo no cargo até o final de 2026.
Na quarta-feira, 30, as redes sociais do PT foram mobilizadas para bombardear o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), com pedidos de cassação. A mensagem distribuída nos grupos de WhatsApp destaca que Eduardo Bolsonaro foi uma peça-chave na suposta traição de seu pai, Jair Bolsonaro, ao Brasil, e conclama os militantes a agir. O presidente da Câmara, por sua vez, não comentou o assunto, mas já se manifestou contra sanções estrangeiras a membros do governo brasileiro.
Além da mobilização digital, deputados do PT já apresentaram pedidos formais de cassação no Conselho de Ética, que aguardam análise por parte de Motta. O líder da bancada, Lindbergh Farias (RJ), afirmou que, na próxima semana, a prioridade será a pauta da cassação, enfatizando a necessidade de agir rapidamente para proteger a soberania nacional. Eduardo Bolsonaro, que se licenciou do mandato para articular ações nos Estados Unidos, defendeu uma anistia ampla e irrestrita para restaurar a paz no Brasil, em resposta às novas tarifas anunciadas por Trump.
A situação se agrava com a possibilidade de que a pressão digital do PT se intensifique, acompanhada de uma estratégia institucional para garantir a análise dos pedidos de cassação. O cenário político permanece tenso, com a expectativa de que o Congresso tome uma posição clara em relação ao futuro de Eduardo Bolsonaro e suas ações internacionais.