O Partido dos Trabalhadores (PT) tomou uma decisão estratégica ao anunciar a realização de um ato para o dia 7 de setembro, data tradicionalmente marcada por manifestações de grupos de direita. A iniciativa busca mobilizar legendas alinhadas ao governo e diversas organizações de movimentos sociais, como CUT e UNE, em uma tentativa de reverter a narrativa política que tem dominado essa data desde o impeachment de Dilma Rousseff. A análise é de Pedro Venceslau no CNN Arena.
A escolha da data é considerada ousada, uma vez que o Dia da Independência tem sido palco frequente de manifestações da direita brasileira. Em 2022, a data foi marcada por um evento que mesclou cerimônia oficial com ato político. Uma das principais preocupações é a definição dos locais das manifestações, considerando que grupos de direita também planejam atos para a mesma data, sendo crucial evitar encontros que possam resultar em confrontos.
O presidente Lula (PT) optou por não participar do ato previsto para São Paulo, nem de eventos similares em outras capitais. Sua participação será restrita ao tradicional desfile oficial em Brasília, mantendo assim coerência com suas críticas a misturas entre eventos oficiais e políticos. Essa decisão pode impactar a mobilização do PT e a dinâmica das manifestações no país.