Lideranças do PT articulam novas estratégias para desgastar a imagem do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que se encontra autoexilado nos Estados Unidos. Os caciques petistas apostam em uma narrativa que o vincula à invasão do Capitólio, em Washington D.C., ocorrida em 6 de janeiro de 2021, quando apoiadores de Donald Trump invadiram o prédio. Eduardo é apontado como responsável por convencer o governo Trump a impor sanções ao Brasil e teria participado da organização dos atos nos EUA, replicando a estratégia em Brasília.
O líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias, destacou em suas redes sociais que Eduardo estava em Washington no dia da invasão e circulou pela Casa Branca, onde se encontrou com figuras próximas a Trump. Apesar das tentativas de associá-lo aos eventos de janeiro, petistas reconhecem que as chances de uma investigação formal nos Estados Unidos são pequenas, dado o seu envolvimento com o governo Trump. No entanto, eles acreditam que as eleições legislativas americanas de 2026 podem trazer novas oportunidades para reverter essa situação.
A estratégia do PT visa não apenas desgastar a imagem de Eduardo Bolsonaro, mas também contestar a narrativa bolsonarista sobre os eventos de 8 de janeiro no Brasil, que foram considerados isolados por seus apoiadores. A articulação política em torno desse tema pode ter implicações significativas nas relações entre Brasil e Estados Unidos, especialmente com a proximidade das eleições no país norte-americano e o impacto que isso pode ter nas dinâmicas políticas locais e internacionais.