Na última sexta-feira, 1º de agosto de 2025, grupos de esquerda realizaram protestos em frente aos consulados dos Estados Unidos em diversas capitais brasileiras, incluindo São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Os atos foram organizados em resposta ao tarifaço de 50% anunciado pelo presidente norte-americano Donald Trump e às sanções impostas ao ministro Alexandre de Moraes, com base na Lei Magnitsky.
A mobilização, que contou com a participação da União Nacional dos Estudantes (UNE), centrais sindicais e movimentos sociais, teve como principal objetivo expressar a oposição às medidas de Trump, que entrariam em vigor no mesmo dia, mas foram adiadas para 7 de agosto. Durante os protestos, manifestantes queimaram bonecos representando o presidente dos EUA, simbolizando a indignação com a política externa americana em relação ao Brasil.
O número de participantes foi considerado modesto, com dezenas de pessoas em cada ato. Em São Paulo, o líder sindical da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Douglas Izzo, afirmou que os protestos servem como um alerta ao governo dos EUA, criticando a articulação da família Bolsonaro com os interesses norte-americanos. Izzo destacou que a interferência dos EUA nos assuntos brasileiros é inaceitável e prejudica a soberania nacional.
Cláudio Donizete dos Reis, diretor do PSTU, também participou das manifestações e ressaltou a necessidade de alertar a população sobre os impactos do tarifaço nos trabalhadores brasileiros. Ele afirmou que a mobilização não apenas repudia as taxas impostas, mas também busca combater a criminalização promovida pelo bolsonarismo, que, segundo ele, trai os interesses do país. As manifestações refletem um crescente descontentamento com a política externa dos EUA e suas consequências para o Brasil.