Dezenas de milhares de israelenses foram às ruas nesta terça-feira, 26, para pressionar o premiê Binyamin Netanyahu a negociar a libertação dos reféns e o fim da guerra em Gaza. Mais de 350 mil pessoas se reuniram em uma praça de Tel-Aviv, pedindo ao governo que aceite um acordo proposto por Egito e Catar, já chancelado pelo Hamas. O primeiro-ministro ignorou os apelos e nem sequer discutiu o tema na reunião de gabinete realizada em Jerusalém.
Com pneus queimados, os manifestantes bloquearam estradas em várias partes de Israel, exibindo fotos de reféns. “Levar adiante o plano de conquista de Gaza enquanto há um acordo em pauta para assinatura do primeiro-ministro é uma facada no coração das famílias e de toda a nação”, disse Itzik Horn, pai de Iair Horn, libertado em fevereiro, e de Eitan Horn, que ainda está refém. Os irmãos foram capturados no ataque liderado pelo Hamas contra Israel, em 7 de outubro de 2023, que deu início à guerra.
O gabinete de segurança de Israel se reuniu para discutir uma nova ofensiva militar na Cidade de Gaza, sem apresentar resposta à proposta de cessar-fogo. O Catar afirmou que Israel ainda não respondeu à proposta e expressou ceticismo quanto ao interesse do governo israelense em um acordo. A proposta inclui a libertação imediata de alguns reféns e a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, mas autoridades israelenses sinalizaram que desejam um acordo abrangente que libere todos os reféns simultaneamente e desarme o Hamas.