O promotor Amauri Silveira Filho, integrante do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) em Campinas, São Paulo, denunciou um plano do Primeiro Comando da Capital (PCC) para assassiná-lo. O esquema envolvia o uso de dois carros blindados e a contratação de ‘operadores experientes’, possivelmente ex-militares, para realizar uma emboscada armada. Dois empresários foram presos temporariamente nesta sexta-feira (29) por supostamente financiar e articular a ação criminosa.
Amauri Silveira Filho destacou que o Gaeco estava investigando a organização criminosa e casos de lavagem de dinheiro quando recebeu informações sobre o plano de assassinato. O promotor explicou que o objetivo da emboscada era desviar a atenção das investigações em curso, uma tática já utilizada em tentativas anteriores de obstrução da justiça. Ele enfatizou a gravidade da situação, que demonstra como os criminosos estão ultrapassando limites ao desafiar o Estado democrático de direito.
As investigações revelaram que o empresário Maurício Silveira Zambaldi, preso na mesma operação, buscava recuperar prestígio no meio criminoso após ser alvo de investigações. Outro articulador do plano, Sérgio Luiz de Freitas Filho, conhecido como ‘Mijão’, é um dos chefes do PCC e está entre os principais operadores do tráfico no Brasil. A prisão dos empresários e as buscas realizadas indicam um esforço contínuo das autoridades para desmantelar as atividades da facção.