O projeto ‘Vida Pós Resgate’, promovido pelo Ministério Público do Trabalho na Bahia (MPT), tem como objetivo oferecer novas oportunidades a trabalhadores que foram resgatados de condições análogas à escravidão. A iniciativa busca formar associações entre as vítimas para a produção de alimentos saudáveis, garantindo uma fonte de renda que as liberte das adversidades do mercado de trabalho. As associações são estabelecidas preferencialmente nas cidades de origem dos trabalhadores, evitando que eles se tornem vulneráveis a novas formas de exploração.
As associações mais desenvolvidas do projeto estão localizadas em Una e Monte Santo, além de outras em Conceição do Coité, São Domingos e Aracatu. Recentemente, quinze trabalhadores rurais resgatados em Várzea Nova decidiram criar uma associação para produzir galinhas poedeiras e vender ovos. O MPT, em parceria com a Fundacentro, fornecerá a infraestrutura necessária e capacitação para garantir que a atividade siga as melhores práticas de biossegurança e sustentabilidade.
O impacto do projeto é significativo, pois não apenas promove a reintegração social e econômica dos trabalhadores, mas também atua na prevenção de novas situações de exploração. A meta é que as associações ganhem autonomia financeira em poucos meses, contribuindo para um futuro mais seguro e digno para aqueles que passaram por experiências traumáticas relacionadas ao trabalho escravo.