Projeto na Bahia reintegra trabalhadores resgatados de trabalho escravo

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

O Ministério Público do Trabalho na Bahia (MPT) lançou o projeto ‘Vida Pós Resgate’, destinado a oferecer novas oportunidades a trabalhadores que foram resgatados de situações análogas à escravidão. A iniciativa busca promover a formação de associações voltadas à produção de alimentos saudáveis, preferencialmente nas localidades de origem dos trabalhadores, garantindo assim uma renda que os liberte das adversidades do mercado de trabalho. As associações já estão sendo estabelecidas em cidades como Una e Monte Santo, e um grupo de quinze trabalhadores rurais, resgatados em Várzea Nova, decidiu criar uma associação para a produção de galinhas poedeiras.

O projeto, que conta com o apoio da Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro), oferece toda a infraestrutura necessária para a criação das aves e capacitação dos trabalhadores. Técnicos agrícolas irão treinar os membros da associação para garantir que as práticas de manejo sigam as melhores normas de biossegurança. A expectativa é que, em poucos meses, os participantes consigam alcançar autonomia financeira e se afastar de situações de vulnerabilidade.

Além do projeto ‘Vida Pós Resgate’, o MPT também atua em casos individuais, como o resgate de uma idosa em Itabuna, que trabalhou por mais de cinquenta anos sem receber salário e sofreu maus-tratos. A situação dela ilustra a gravidade do trabalho análogo à escravidão no Brasil, destacando a importância de iniciativas como essa para promover dignidade e oportunidades reais para os trabalhadores afetados. O projeto não só busca reverter danos sociais, mas também fomentar um ambiente de trabalho sustentável e seguro.

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