O relatório Focus do Banco Central, divulgado nesta semana, aponta que a mediana do déficit em transações correntes do Brasil para 2025 subiu de US$ 59 bilhões para US$ 60 bilhões. Essa estimativa é um aumento em relação ao mês anterior, quando o déficit projetado era de US$ 56,7 bilhões. Para 2026, a previsão se manteve em US$ 61,6 bilhões, um valor que também representa um crescimento em relação a quatro semanas atrás, quando a projeção era de US$ 54,98 bilhões.
As expectativas do mercado indicam que o déficit em conta corrente será amplamente financiado pelos Investimentos Diretos no País (IDP). A mediana para 2025 aponta uma entrada líquida de US$ 70 bilhões, valor que permanece estável há 33 semanas. Para 2026, a projeção de IDP também se mantém em US$ 70 bilhões pela 19ª semana consecutiva.
Além disso, a mediana do superávit comercial para 2025 caiu de US$ 66,7 bilhões para US$ 65,25 bilhões, refletindo uma diminuição em comparação ao mês anterior, quando o superávit era estimado em US$ 73 bilhões. Para 2026, a projeção oscilou de US$ 70,04 bilhões para US$ 70,79 bilhões, também abaixo do valor de US$ 77,97 bilhões registrado um mês atrás.
Em meio a esse cenário econômico, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou na última quarta-feira, 30, uma ordem executiva que impõe tarifas adicionais de 40% sobre produtos brasileiros, além da tarifa geral de 10% já existente. O Banco Central, em seu Relatório de Política Monetária do segundo trimestre, prevê um déficit de US$ 58 bilhões nas transações correntes para este ano, com um superávit comercial estimado em US$ 60 bilhões e uma entrada líquida de IDP de US$ 70 bilhões.