Um ano após a devastadora onda de incêndios que atingiu o estado de São Paulo em agosto de 2024, os produtores de cana-de-açúcar ainda lidam com os impactos significativos nas suas colheitas. As usinas do Centro-Sul registraram uma queda de 9% na moagem de matéria-prima em comparação ao ciclo anterior, evidenciando os estragos causados por incêndios que destruíram 658,6 mil hectares de vegetação e plantações, especialmente nas regiões de Ribeirão Preto e São José do Rio Preto.
Os incêndios, que ocorreram em um período crítico, resultaram na perda de áreas cultiváveis e na necessidade de replantio, o que compromete a produtividade futura. Almir Torcato, diretor executivo da Canaoeste, destacou que a colheita mecanizada atual não está preparada para lidar com os danos causados pelo fogo, o que representa um desafio adicional para a cadeia produtiva do etanol e açúcar.
Em resposta aos desastres, os produtores estão implementando medidas preventivas, como monitoramento via satélite e treinamentos para enfrentar incêndios. Apesar dessas iniciativas, a preocupação persiste quanto à possibilidade de novos incêndios intensos, especialmente com a chegada da estação seca, o que exige um esforço conjunto para proteger as plantações e garantir a sustentabilidade da produção.