Produtores brasileiros se preparam para iniciar uma nova safra de grãos, após colherem um recorde histórico de 345,2 milhões de toneladas. Apesar das incertezas provocadas pelas tarifas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, os agricultores já adquiriram insumos e planejam manter a mesma área de cultivo, focando em aumentar a produtividade. O plantio da soja, principal produto agrícola do Brasil, está previsto para começar em setembro, com expectativas em relação às chuvas e ao impacto das tarifas americanas.
O chefe-geral da Embrapa Soja, Alexandre Nepomuceno, acredita que o Brasil continuará a quebrar recordes de produção, especialmente na soja e no milho. No entanto, a situação é diferente no Sul do país, onde os produtores enfrentam dificuldades financeiras devido a estiagens e enchentes. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) deve divulgar as primeiras estimativas para a safra 2025/26 em setembro, enquanto o governo federal implementa ações para apoiar os agricultores afetados pela queda nos preços do arroz.
Além disso, o reaparecimento da lagarta-do-cartucho representa um novo desafio para os produtores, que podem precisar aumentar o uso de inseticidas. Embora as tarifas americanas não afetem diretamente os preços dos fertilizantes, a situação financeira dos agricultores no Sul pode limitar investimentos em produtividade. A Conab observa que a boa produção de grãos está contribuindo para a recuperação dos estoques e o aumento das exportações, mas os desafios persistem.