A produção industrial brasileira apresentou um crescimento de 0,1% em junho de 2025 em comparação ao mês anterior, conforme dados divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No entanto, em relação ao mesmo mês do ano passado, a produção caiu 1,3%, contrariando as expectativas de analistas que previam uma alta de 0,4% mensal e uma queda de 0,6% anual.
O aumento na produção foi observado em 17 das 25 atividades industriais, com destaque para o setor de veículos automotores, que cresceu 2,4%, após uma queda de 4,0% em maio. Outras áreas que contribuíram para o crescimento incluem metalurgia (1,4%), celulose e papel (1,6%) e produtos químicos (0,6%). André Macedo, gerente da pesquisa, destacou que o crescimento em junho foi o mais disseminado desde junho de 2024, quando 22 atividades apresentaram taxas positivas.
Por outro lado, três setores enfrentaram quedas significativas: indústrias extrativas e produtos alimentícios, ambos com perda de 1,9%, e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, que registraram uma queda de 2,3%. Esses setores juntos representam cerca de 45% da produção industrial total. A indústria extrativa, por exemplo, foi afetada pela redução na produção de minério de ferro, interrompendo um ciclo de quatro meses de crescimento.
No que diz respeito às categorias econômicas, bens de consumo semi e não duráveis e bens de capital apresentaram recuos de 8,8% e 1,2%, respectivamente, enquanto bens intermediários e bens de consumo duráveis mostraram crescimento de 1,7% e 0,2%. Apesar do crescimento mensal, o cenário anual ainda é desafiador para a indústria brasileira, que continua a enfrentar dificuldades em vários segmentos.