Durante um julgamento online, a procuradora da Prefeitura de Anápolis, Luciana Muniz, afirmou que um paciente que faleceu de Covid-19 em 2021, enquanto aguardava uma ambulância, provavelmente morreria independentemente do transporte. A declaração gerou reações da juíza Stefane Machado, que questionou a afirmação da advogada. O caso envolve uma indenização de R$ 200 mil à família da vítima, determinada por um tribunal em julho deste ano.
O paciente, que apresentava um quadro grave da doença, aguardava transferência de um hospital em Cocalzinho de Goiás para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Segundo a procuradora, a falta de transporte não foi a única razão para a morte, considerando a gravidade do estado de saúde do paciente. A Procuradoria-Geral do município esclareceu que a fala foi mal interpretada e não teve a intenção de desrespeitar os envolvidos.
A juíza Stefane Machado expressou sua incredulidade em relação à declaração da procuradora, ressaltando a seriedade da situação. A família da vítima, que não foi contatada para comentar o caso, argumenta que a ambulância não foi enviada devido à falta de combustível, o que levou à morte do paciente enquanto aguardava atendimento.
O processo destaca as dificuldades enfrentadas pelo sistema de saúde durante a pandemia, com a procuradora afirmando que o SAMU de Anápolis não tinha a obrigação de fornecer transporte, apenas de regular os atendimentos na região. O caso continua a gerar discussões sobre a responsabilidade do município em situações de emergência médica.