O procurador-geral da República, Paulo Gonet, solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a troca de relator nas investigações sobre fraudes no INSS, sugerindo que o novo relator seja escolhido por sorteio. A decisão caberá ao presidente do tribunal, Luís Roberto Barroso, enquanto o atual relator, Dias Toffoli, já centralizou as apurações e se declarou juiz prevento em um caso relacionado ao governo. As investigações buscam esclarecer os descontos fraudulentos em aposentadorias e pensões, que envolvem entidades associativas e sindicatos, como o Sindnapi, vinculado ao irmão do presidente Lula.
As apurações enfrentam paralisações devido à dúvida sobre a competência jurisdicional e à possibilidade de anulação de provas obtidas nas instâncias inferiores. O Sindnapi, que faturou R$ 90 milhões em 2023 e foi excluído dos pedidos de bloqueio de dinheiro para ressarcimento das vítimas da fraude, é um dos focos das investigações. A Advocacia-Geral da União (AGU) afirma que tomará as providências necessárias para combater a corrupção e a improbidade administrativa, enquanto os pagadores de impostos arcam com os reembolsos dos descontos fraudulentos.
No Congresso, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, presidida pela oposição, promete intensificar a luta pela transparência nas investigações. O presidente Lula, conhecido por sua intolerância à corrupção, é um dos maiores interessados na elucidação do caso. A pressão sobre os Três Poderes para esclarecer as irregularidades no INSS reflete um esforço conjunto pela honestidade e responsabilização dos envolvidos, gerando esperança entre os cidadãos.