O procurador-Geral da República, Paulo Gonet Branco, manifestou solidariedade ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, durante a reabertura dos trabalhos da Corte nesta sexta-feira, 1º de setembro. A declaração ocorre após Moraes ser sancionado pelo governo americano sob a Lei Magnitsky, em um contexto de hostilidades externas direcionadas ao magistrado, que é relator de uma ação penal relacionada ao golpe de 8 de janeiro.
Gonet Branco enfatizou que as investidas contra Moraes são 'assombrosas e inconcebíveis', ressaltando que o ministro atua dentro das regras do colegiado do STF. Ele estendeu sua solidariedade não apenas a Moraes, mas também ao Judiciário brasileiro, reforçando a importância da proteção das instituições.
Em resposta, o advogado-geral da União, Jorge Messias, declarou que o governo não aceita ameaças ou punições a autoridades brasileiras por parte de Estados estrangeiros. Messias destacou a necessidade de preservar a independência nacional e afirmou que a Advocacia Geral da União (AGU) está atenta e pronta para defender a soberania do país.
O segundo semestre do ano judiciário começa em um cenário de tensões comerciais e diplomáticas, conforme apontou Messias, que pediu ao STF que continue a desempenhar seu papel como guardião da Constituição e da democracia brasileira.