Procópia Rosa, líder quilombola da comunidade Kalunga Riachão, em Monte Alegre de Goiás, foi uma das 52 brasileiras indicadas ao Prêmio Nobel da Paz em 2005. A indicação foi parte do projeto '1000 Mulheres pela Paz ao Redor do Mundo', uma iniciativa da ONG suíça fundada pela deputada Clara Charf, que visa reconhecer o trabalho de mulheres que lutam pela paz e pelos direitos humanos. A informação foi confirmada pela diretora-executiva da ONG, Vera Vieira.
A comunidade Kalunga, reconhecida por sua luta pelos direitos quilombolas, é um símbolo de resistência e empoderamento feminino. Procópia, que se destaca por seu trabalho em prol da melhoria das condições de vida da população local, foi escolhida entre 1000 mulheres de diversas partes do mundo para representar o Brasil na candidatura ao Nobel. O prêmio de 2005 foi concedido à Agência Internacional de Energia Atômica e seu diretor, Mohamed El Baradei.
Em entrevista ao Globo Repórter, Procópia expressou seu compromisso com a comunidade, ressaltando a importância de melhorias em infraestrutura, como estradas e escolas. A neta de Procópia, Bia Fernandes, enfatizou a relevância da história do povo kalunga na formação do território brasileiro. O Museu do Cerrado destaca que a comunidade Kalunga, que se formou como um refúgio para escravos, é um espaço sagrado e de proteção, onde Procópia continua a exercer sua liderança e sabedoria.