O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi colocado em prisão domiciliar na segunda-feira (4), por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão foi tomada após o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) compartilhar um discurso do pai em redes sociais, violando medidas cautelares previamente impostas. A medida visa conter a reincidência de Bolsonaro em desrespeitar as autoridades judiciais e proteger a ordem pública até o julgamento final de seu caso.
A prisão gerou reações acaloradas entre políticos de diferentes espectros. O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), criticou a decisão, afirmando que a situação representa uma "ditadura declarada" e questionando a legalidade da medida. O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) também se manifestou, ironizando a motivação da prisão, que, segundo ele, se baseou em postagens de redes sociais e não em crimes graves.
Por outro lado, parlamentares da base governista celebraram a decisão. O deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP) fez uma referência irônica ao uso de tornozeleira eletrônica, enquanto a deputada Erika Hilton (PSOL-SP) comentou que a medida tornaria as ruas mais seguras. O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), defendeu que a resposta do STF foi proporcional à gravidade dos atos de Bolsonaro, que, segundo ele, continua a desafiar as instituições democráticas do país.