A decisão judicial que colocou o ex-presidente Jair Bolsonaro em prisão domiciliar, motivada por violações de restrições anteriores, trouxe novas turbulências ao cenário econômico brasileiro. A medida, anunciada nesta semana, gerou mais de 1,5 milhão de menções nas redes sociais e reacendeu debates sobre o futuro da direita no país, especialmente com a proximidade das eleições de 2026.
Analistas do mercado financeiro, como Alison Correia, cofundador da Dom Investimentos, afirmam que a prisão não surpreendeu o setor, que já acompanhava o desenrolar do processo. Correia destaca que a busca por uma nova liderança conservadora está em alta, com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, sendo considerado um forte candidato para suceder Bolsonaro.
Os desdobramentos políticos também podem impactar as negociações comerciais entre Brasil e Estados Unidos. O governo norte-americano criticou a decisão judicial, o que pode dificultar diálogos sobre tarifas de importação que entram em vigor nesta quarta-feira (6). O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tenta negociar exceções, mas a instabilidade política pode comprometer esses esforços. Enquanto isso, o mercado financeiro observa a volatilidade do dólar e a estabilidade do Ibovespa, que permanece em torno dos 132 mil pontos, aguardando os efeitos das tarifas e da crise política nas relações comerciais.