A petrolífera PRIO (PRIO3) divulgou nesta terça-feira (5) os resultados financeiros do segundo trimestre de 2025, evidenciando um desempenho abaixo das expectativas devido à redução nos volumes de vendas e à queda nos preços do petróleo. Às 11h36, as ações da empresa apresentavam uma leve alta de 0,20%, cotadas a R$ 40,72. O Bradesco BBI classificou os resultados como fracos, com o EBITDA ajustado caindo para US$ 276 milhões, uma diminuição de 38% em relação ao trimestre anterior e de 49% na comparação anual.
A diminuição na produção impactou as margens da PRIO, que caíram para 56%, comparadas a 64% no primeiro trimestre. O custo de extração também aumentou, subindo para US$ 13,8 por barril. O fluxo de caixa livre para acionistas (FCFE) recorrente caiu para US$ 54 milhões, refletindo a pressão sobre os números operacionais e o consumo semanal. A dívida líquida da empresa aumentou para US$ 2,8 bilhões, um crescimento de 14% no trimestre, elevando a alavancagem para 1,8 vez.
Apesar dos resultados desafiadores, a Genial Investimentos e o Bradesco BBI mantiveram recomendações de compra para as ações da PRIO, com novos preços-alvo de R$ 69 e R$ 56, respectivamente. As corretoras destacaram que eventos pontuais, como paradas técnicas e falhas operacionais, contribuíram para o desempenho abaixo do esperado. A XP Investimentos, por sua vez, ressaltou que a concessão da Licença Prévia para o projeto Wahoo pelo Ibama pode ser um catalisador importante para a empresa, com potencial de adicionar entre US$ 600 milhões e US$ 700 milhões ao fluxo de caixa livre anual, caso o cronograma de produção se mantenha.
Os analistas permanecem otimistas quanto ao futuro da PRIO, destacando que a empresa está se adaptando a um cenário desafiador e que o desenvolvimento de novos projetos pode impulsionar seu crescimento a longo prazo.