A presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, afirmou nesta quarta-feira que a instituição segue rigorosamente a legislação brasileira e também as leis dos mais de 20 países onde atua. Sua declaração veio em resposta à queda acentuada das ações do banco, que ocorreu na terça-feira devido a ruídos gerados pela decisão do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou que leis e decisões estrangeiras não se aplicam a brasileiros no Brasil. Essa decisão pode ter implicações na aplicação da Lei Magnitsky, dos EUA, que impôs sanções ao ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Durante um seminário do Ministério da Fazenda sobre governança na gestão pública, Medeiros enfatizou que o Banco do Brasil permanece forte e robusto, e criticou indiretamente a falta de responsabilidade de alguns brasileiros que colocam em dúvida a integridade da instituição. Essa crítica se alinha com as preocupações expressas por membros do governo sobre as ações do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos, onde busca sanções contra o Brasil. O cenário atual levanta questões sobre a estabilidade financeira e as relações internacionais do país, especialmente em um momento de crescente tensão política.
As declarações de Medeiros refletem um esforço para tranquilizar investidores e o mercado financeiro em meio a incertezas políticas. A situação destaca a importância da conformidade legal e da governança corporativa em um ambiente global cada vez mais complexo. O Banco do Brasil, como uma das principais instituições financeiras do país, desempenha um papel crucial na economia nacional e sua resiliência será fundamental para enfrentar os desafios futuros.